VINHO + ROCK ALTERNATIVO + ETC.

domingo, 30 de janeiro de 2011

2 VINHOS PARA TOMAR OUVINDO SMITHS.


1982, Inglaterra. No subúrbio de Manchester, surgia uma das bandas de rock alternativo mais influentes do cenário musical independente britânico dos anos 80, o Smiths. A química entre Morrissey e o guitarrista Johnny Marr resultaram em hinos como Big Mouth Strikes Again, Panic, This Charming Man e The Boy With the Thorn in His Side. De acordo com Morrissey, a filosofia da banda era "back to the basics": músicas matadoras e simples, um nome de banda simples e roupas e maquiagens simples. (?) Eu sei lá, ele que disse. Mas a real é que de nada adiantaria essa filosofia ou qualquer outro bla bla bla se o Smiths não tivesse algo que nenhuma banda de rock jamais teve, tem ou terá - a voz do Morrissey. O cara não só tinha algo a dizer, como o fazia com uma das vozes mais inconfundíveis, doces e originais da história do rock. E você vai ouvir essa voz tão valiosa, melancólia e sincera tomando o quê? Uma saquerinha de Kiwi? Uma caipifrutas? Uma cervejinha? É claro que não. Smiths é um som para curtir tomando um bom vinho, com calma e com os amigos, prestando atenção na interpretação do Morrissey e nos arranjos e nas guitarras de Johnny Marr e em como era maneira a década de 80. Por isso o Indie Wine fez duas sugestões de vinhos para você tomar escutando Smiths, um tinto e um branco. A base da harmonização é obviamente a voz do Morrissey: suave, doce, melancólica, afinada e profunda. E, claro, sua personalidade: além de celibatário (?), ele também era vegetariano radical. Deu o nome de Meat is Murder para o segundo albúm. E ainda proibiu os outros integrantes da banda de comerem carne em público. Só em casa, longe dos repórteres, lendo o Indie Wine. (?)

COBOS FELINO MERLOT 09

A voz do Morrissey lembra muito a uva merlot: macia, suave e aveludada. Nos vinhos de corte, ela é a responsável por arredondar e dar mais elegância e harmonia aos vinhos. Por isso não podíamos deixar de sugerir um vinho feito 100% com merlot, tão aveludado e agradável quanto o gogó do Morrisey, e ainda carregando a filosofia "back to the basics" do Smiths: Cobos Felino Merlot 2009. Um vinho que consegue ser simples e sincero, mas ao mesmo tempo profundo e interessante. Os taninos são seguros e potentes e o aroma remete a frutas mais tristes, melancólicas e maduras (?). Digamos que são frutas mais intelectualizadas que escutam Smiths. Não são morangos silvestres. R$70 / Grandcru.








RIO BIO GRAN RESERVA CHARDONNAY 08

Se você quiser magoar e machucar o Morrissey, faça o seguinte: organize uma festa surpresa, vende seus olhos e o leve em uma churrascaria rodízio. Quando a venda for retirada e todos gritarem surpresa, lá estará um dos vegetarianos mais radicais do mundo olhando para 19 garçons de bombacha oferecendo picanha, chuleta, maminha, coração de galinha, linguiça toscana e o tradicional carrinho de cupim. Por isso o próximo vinho, além de combinar com a voz do Morrisey, também é perfeito para harmonizarmos com pratos vegetarianos, como penne com abobrinhas, manjericão e limão siciliano. Indie Wine traz até você Rio Bio Gran Reserva Chardonnay 2008. É o único branco capaz de harmonizar com Smiths. Isso porque ele é tão amanteigado quanto as músicas, com bom corpo, profundo e cremoso, notas florais e frutas frescas. R$50 / Expand.

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